29.6.16

Matricial

Ao fundo
a árvore matricial.
Parada
na ausência de vento
(como se nem sequer houvesse ar).
Sem rejeição das folhas
que nos seus ramos caducas
não se transfiguraram.
Matricial,
no contrapeso da planície extensa.
Contra as vozes roucas
que proclamam feitos vorazes
que se batizam imperatrizes do nada
na planície árida.
A árvore matricial
sopeso dinâmico antes do precipício.
Para quando
em autofagia sem freio
preciso for uma báscula
onde se decifram
as luzes abertas e as sombras madraças.
As sombras madraças
afundo.

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