Havia
um sonho com textura
numa
paisagem amarela,
entrava
pela janela sem aviso.
Preenchia
as dúvidas, o sonho:
era
contraditório
às
vezes, sombrio sem ser medonho
às
vezes, propedêutico sem ser hesitante
às
vezes, madraço sem cruzar os braços
outras
vezes,
neófito
sem curar da originalidade.
O
sonho persistente
teimoso
vestindo
o corpo de suor
emprestando
agitação ao sono
uma
pletora de opostos.
Afinal
de contas
sonho
em plena reprodução do tangível
outra
pletora,
a
das antinomias sem serem inversos.
E
o sonho teimou e teimou
noites
e noites sem conta
até
que se confundiu com o tangível.
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