Não prevejo
a fronteira do medo
o cais sobranceiro ao rio frugal.
É no trivial começo
quando nada parece sê-lo
que se agigantam as asas do sonho
e as barcas se dispõem à travessia.
Oxalá o medo fique antolhado,
preso nas malhas em que se tecem
as fronteiras
para na pele repousada
se decantarem as vozes ciciadas
em forma de verso
as vozes-candeia
trazendo a tiracolo as luas esperadas.
Não prevejo,
nada.
As profecias,
deixo-as para os peritos.
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