Transmissão de pensamentos.
A mesa esconde um esqueleto
e na cerviz está embebido
o fruto lacustre que orquestra
um sentir.
Perseguem-se
os fantasmas
que dantes eram perseguidores.
Embrulhados na noite
esvaecem-se
e nem vultos conseguem ser.
Julgo que é da ossatura firme
a transfiguração do cenário
e já nem o entardecer se compõe
como lisérgico açambarcar
da lucidez.
Ou talvez
tenha sido apenas
mercê
da transmissão de pensamentos
e da simbiose amadurecida
e já não seja o ónus ameaçador
a ogiva sem domador
a roubar ao tempo em leitura
a sua indesmentível
exuberância.
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