“Is there life before death?” (Numa exposição no Museu de Serralves)
Código genético:
o desperdício
das dádivas que vêm às mãos.
O desgaste dos olhos
em vidraças mundanas
venais
que postergam o festim da vida
e aproximam o tempo da morte.
Na encruzilhada do pensamento
uma interrogação desmente a maré:
não é saber da vida depois da morte
(a mais espúria das interrogações,
com negação na sua própria formulação),
mas se houve vida
antes de ela ser negada pela morte.
A hipótese de um palimpsesto de morte
não está de parte:
a vida como farsa
ocultando um sentido antecipatório da morte
e a vida,
mera lantejoula
onde a morte se passeia.
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