Arregaço os olhos
que tem uma enxurrada de mundo
a querer que o meu olhar
queira dele saber.
Deito a pele ao vento sem freios
que o vento suplica
que minha pele se embeba
nas latitudes por ele demandadas.
Mergulho no mapa aberto
sem medo que nele esteja maré viva
que o mapa se diz sedento
da minha insaciável sede
por dele saber os poros máximos a haver.
Aconchego na boca
os sabores da geografia sem fim
por dela ter sabido
que há muito mais por arrotear
e em minha saliva apalavrar.
Entrego a alma às páginas por abrir
que delas sinto miríade de apetites
e por elas sei
que me entronizo seu sepulcro
no diadema farto que se liberta de meus dedos.
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