Não é da incontinência verbal.
Não é pela retórica tribal
que amansa adversários
exalta o séquito
e (diz-se)
hipnotiza o restante mercado das pessoas.
Não é pela mitomania promitente.
Não é pelo cortejo grotesco
de personagens e figurantes
e aspirantes a personagens
que ainda não passam de figurantes.
Não é pelo circo montado.
Não é pelos plumitivos que
(não se percebe)
decaem no feitiço barato dos personagens
ou se deles escarnecem de mansinho
servindo-lhes microfone
para provarem a risível condição.
Não é pela pesporrência dos observadores
(e da sua indisfarçável parcialidade,
mas ai de quem a denuncie).
Não é pela estultícia
dos julgadores de comportamentos alheios
sempre prontos
para abjurar os que não entram na dança.
É quando apetece
regressar ao estado do bom selvagem
(excluída a hipótese do exílio temporário).
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