Um pó de arroz
servido em chávena de chá.
Um legionário
sem comendas,
órfão.
O vento sem parapeito
no sepulcro dos vencíveis.
A viúva sorumbática
visita frequente do teatro
sem prantos.
O amolgado orgulho
do projeto de Adónis.
As costuras lassas
do navio gasto
pelos mares inteiros.
A metralhadora entupida
um hino que devia ser mundial.
A atónito cão
com imprevisto repasto à frente
sem fome.
A bandeira sem cores
a geografia extirpada aos limites.
Um baralho de cartas
a sordidez da solidão
e o estuário em forma de cicatriz.
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