Arrumada a chave
o fio condutor fundiu-se no amanhã
esperado.
Tiro a viseira à própria luz
e os mais baços dos pesares
amontoam-se na grua enferrujada,
a frágil condição dos decadentes.
A cada volta dos marinheiros
nota-se um lenço apessoado
contra as palavras que se gastam
ao descer do cais.
Sentem-se libertos,
os marinheiros desembarcados.
Deixaram as chaves
ao cuidado do convés sem estorvos.
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