Uma geração de avanço
não é trato que se desatenda:
o verniz não derrui
e nas bancadas da medicina
há quem corrija a salinidade dos verbos
sentado na posição da torre
enquanto o tabuleiro é varrido
e a torre é a peça inamovível.
Mas é de uma geração de avanço
o diadema descoberto no índice onomástico
entre a poeira remoída
e as lombadas puídas pelo sol.
pacto de regime
na ausência de regime.
Do avanço da geração
contam-se as milhas
e o relógio ancestral porfia o sopeso
a matéria-prima dos venais exprobrados
a tinta negra extraída a um cefalópode
como ato censor em desprezo do vento fresco
que penteia a pele desembaraçada.
Gera-se um avanço
fora das armadilhas retidas nos escafandros
fora dos desábitos que se jogam
contra a viperina haste
dos que jogam no desdém
os possantes pensadores do vazio
em elegantes maresias soldadas no estirador
em vésperas prometidas à letargia.
Uma certidão habilitada
para a memória destinada ao futuro
os nomes em verso
da degeneração de avanço.
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