2.9.20

Geração de avanço

Uma geração de avanço

não é trato que se desatenda:

o verniz não derrui

e nas bancadas da medicina

há quem corrija a salinidade dos verbos

sentado na posição da torre

enquanto o tabuleiro é varrido

e a torre é a peça inamovível.

 

Mas é de uma geração de avanço

o diadema descoberto no índice onomástico

entre a poeira remoída 

e as lombadas puídas pelo sol.

pacto de regime

na ausência de regime.

 

Do avanço da geração

contam-se as milhas

e o relógio ancestral porfia o sopeso

a matéria-prima dos venais exprobrados

a tinta negra extraída a um cefalópode

como ato censor em desprezo do vento fresco

que penteia a pele desembaraçada.

 

Gera-se um avanço

fora das armadilhas retidas nos escafandros

fora dos desábitos que se jogam

contra a viperina haste 

dos que jogam no desdém

os possantes pensadores do vazio

em elegantes maresias soldadas no estirador

em vésperas prometidas à letargia.

 

Uma certidão habilitada

para a memória destinada ao futuro

os nomes em verso

da degeneração de avanço. 

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