1.9.20

O bolbo sem coorte

O ermo que se faz cedo

erário sem provisões

ou ergástulo puído,

um ermal sem posse. 

 

Os documentados 

alistam-se no medo

em furiosas sílabas hasteadas 

no meio da noite,

a meio da noite trémula,

substituas da tempestade fracassada. 

 

Lobrigam as espadas gangrenadas

a meio do tempo válido

entre o apeadeiro abandonado

e a estação litoral. 

 

Abraçados

sentindo o frio suor do medo

urbanizam o pensamento:

é o único feixe averbado

e faz menção aos “cânones razoáveis”,

o que quer que isso seja;

não há outro esconjurar

a menos

que os medos se perenizem

e das abóbadas gastas,

entre a claridade vertida pelos vitrais,

sobeje o cais 

onde arpoa um qualquer devir.

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