A gana não é real,
que de realezas arcaicas
esta não é terra prendada.
Nem a gana é africano lugar,
para desilusão da geografia.
Nem a África diz a gana respeito,
se a literalidade semântica
fosse o aval.
Nem menos se confunda
com esgana
não só
por não ser correspondente
o termo
mas pela violência ínsita.
Gana como vontade,
que indomável deve ser
e nem dos costumes é devedora.
Assim sendo,
em que por temperado critério se diga,
que real é a gana
(no sentido hierárquico de real,
sem decair no acolhimento
da realeza).
Sem comentários:
Enviar um comentário