O leito
onde o rio se faz rio
entre falésias que antecipam a morte
e o doce ciciar dos corços.
Uma pequena balsa
desenha-se no rio
sem medo das fragas escondidas
arrumando o estio no orvalho ainda matinal.
As vozes sobem os penedos
alimentam-se nas arestas que ferem
mas não se intimidam com o precipício.
Onde não há afoiteza diante de contratempos
não há possibilidade de vida
nem o frémito da vontade.
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