Arranquei a maldição
do meio do dia que estava.
Outros arqueiam-se
na superstição.
Não digo
êxodo.
Nem participo
com o meu corpo transido
na amálgama a que chamam
prazeres;
prefiro a enseada que se desenha
sob os poros que desinibem a respiração;
na moldura
que se justapõe aos tempos contínuos
abraço os verbos repelidos:
nunca me achei capaz
de figurar no elenco
onde quase todos participam.
Os vitrais animam a lucidez.
Ecos distantes
convocam a pele destatuada.
Não são os princípios que amparam um fim:
se soubesse com quantas candeias
se escreve o penhor
deixava-me estar sozinho
a um canto
para luzir o cenho descarregado,
o alvitre cheio de possibilidades
no mapa desarmadilhado de tempos erguidos.
Entronco no grande bazar
onde as vozes se reduzem ao murmúrio.
Coroas sem marca
marcam o cós do tempo.
Ainda estou para saber
como se leem os versos famintos
que correm no estuário desmaiado.
Julgo
que as palavras assim terçadas
explicam as águas termais do estuário.
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