O presente é perfeito
e apresenta
o perfeito presente
no tempo cosmopolita
que é fusão
de antanho e porvir.
Corre a marginal
no parapeito do rio
e do sobranceiro patamar
a cidade em socalcos derrete-se
até ao caudal.
É como
se o pretérito se fundisse
no coevo
e no rio morasse
o poço sem fundo
que desarmadilha o futuro.
Até que
na irremediável, breve foz
todos os rostos se extinguem
e sobre apenas uma memória,
ela por sua vez
perecível
assim que os sedimentos são levados
para o fundo mar.
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