25.8.21

Puzzle

O presente é perfeito

e apresenta

o perfeito presente

no tempo cosmopolita

que é fusão 

de antanho e porvir. 

 

Corre a marginal

no parapeito do rio

e do sobranceiro patamar

a cidade em socalcos derrete-se

até ao caudal. 

 

É como 

se o pretérito se fundisse

no coevo

e no rio morasse 

o poço sem fundo

que desarmadilha o futuro. 

 

Até que

na irremediável, breve foz

todos os rostos se extinguem

e sobre apenas uma memória,

ela por sua vez 

perecível

assim que os sedimentos são levados

para o fundo mar.

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