Serpenteia o rio
cavando as encostas.
Ninguém diga
que amestrada é a paisagem;
é feita de convulsões sucessivas
como se a alvorada tivesse sido corrompida
por deuses anónimos,
deuses impreparados na arte cénica do belo
deuses párias
que se esgotaram na emblemática
sopa servida aos de espírito desavençado.
Prostrado por tanta paisagem fidalga
sinto o corpo transido
e ele próprio
desamestrado.
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