És uma bruxa,
ou és uma bruxa,
Derruído pelo abismo do tempo?
Uma bruxa que resfolega o mirante
sucedâneo de morteiro andante
morteiro mortal
morteiro mortal
(como se a musicalidade das sílabas
se abraçasse numa tela hedionda
onde está vertida a venalidade da espécie).
Bruxas
somos todos?
Se demandássemos um compasso,
um compasso comprovado
pelas entidades regulamentadoras,
diria de nós o compasso
que somos bruxas,
depravadas na exaustão que rima
com autofagia.
Espantam-se até os espantalhos,
primos diletos de todas as bruxas,
avoengos das rezes lisérgicas
que compõem a paisagem sem nome.
Pedem
que não se sonegue
a curadoria dos estultos.
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