As portas duras
tiram a alfândega da letargia.
Dizem:
há fronteiras
outra vez
onde já antes tiveram praça.
Ao menos
sabemos
que o sangue não obedece
aos impedimentos dos burocratas
das almas derrotadas pelo nanismo
dos que metem baias nas pessoas
só porque têm diferentes falas
e culturas e costumes
e tornam essas baias em metáforas
de balas.
Quem inventou as fronteiras
devia ser condenado ao olvido
e rasgadas seriam
as páginas a eles dedicadas
na enciclopédia dos saberes.
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