Quem sobra da catástrofe silenciosa
quem se opõe à vertigem dos argutos
da perseguição dos rostos irreferendáveis
dos povoadores de ideias sem paternidade?
As laranjas secas
fruem nas planícies decadentes.
Os latidos rompem a placidez da madrugada
entoados por sacerdotes sem séquito
em alvoroço
pela ausência das estatuárias credenciais
em vez da orfandade que os segue.
Sobram do vento futuro
as profecias que não cobram rostos
a matéria puída dos filamentos frágeis
que são os vasos capilares que mantêm
vidas sem biografia.
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