As manhãs correm no seu tempo.
Cada feixe de luz
devora a letargia herdada da noite.
Não são os olhos estremunhados
que depõem o dia emergente.
De cada vez
que as veias incendeiam o sangue
abre-se a escotilha por onde espreitam
os mais ácidos marinheiros
da vida.
Não se intimida o espírito
com os laivos de apatia somados ao tempo;
o fogo que levita no magma
cuida dos preparos do dia
inventariando-o como porta-voz
de um saber viver
que não se aprende nos compêndios.
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