Da argamassa como zelo
um oráculo do avesso:
amanhã é futuro
(dizem os evocativos)
e parece que se faz Outono.
A lousa será a cor a preceito
mas só quando a invernia
ocupar o seu lugar.
Entretanto,
não se esbanje o telúrico espetáculo
das folhas outonais que se desprendem
em vida disfarçada de decadência.
Não se omitam
das páginas emolduradas
as matizes acobreadas
que serão a gramática das florestas.
Este é o Outono
que apetece guardar
em fotografia de elevado mercado.
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