Cotejo o robusto entardecer
à espera de a noite se deitar
vejo todos os rostos a empalidecer
e às horas que combinam o seu contar
roubo a rima que se admite conhecer
como se aos meros dedos o medo bastar
e no trono feito de amanhecer
das estrofes não se vão os homens fartar
até o luar nos corpos se enternecer
nos violinos que ao silêncio destinam matar
enquanto os amantes aceitam entontecer
e das dádivas se cristalizar um certo estar.
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