A corda desatada cicia a nuvem fina
acorda antes da noite deletéria
cobrindo com a sua voz distante
os rostos enviuvados dos órfãos.
A nuvem que corre ao vento
esbraceja nos violinos roubados
e no amurado rumor de um coração
as mãos gentis falam só por música.
A maresia depõe o céu constelado
amordaça as bocas que outras calam
no tapete amarrotado vertido num ermo
os corpos servidos num palco estremunhado.
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