As altas árvores
carnívoras da sombra
congeminam o furto da atenção
o rastreio das almas procedentes
e levantam os travões aos devaneios.
Se as altas árvores
se justapõem ao sentido pesar
onde funéreos vultos perseguem os mitos
somos
pelos desembaraços vadios
as combustões por todos os lados
e não deixámos colonatos em pé
no estipêndio das almas não contorcidas
na vertigem dos cais que mais parecem
precipícios.
Das altas árvores
mais altas do que montanhas escarpadas
o povoamento dos anéis artesãos
e eu
de sentinela
dando corda ao fogo de vista
empunhando bandeiras sem cor
deitando aos mares tiranos
as caravelas por acabar.
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