9.9.18

Imaterial

Um remédio sem remédio.
O nevoeiro sem prazo.
O sorriso no canto da boca.
A porta entreaberta.
O gato preguiçoso.
A bússola perdida no cais.
A precisa delimitação do espaço.
O néon timorato.
A voz rouca que é tumulto em cena.
A criança com o olhar perdido na aurora.
Um balão sem oxigénio.
A fábrica dos sonhos sem paradeiro.

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