Que cisma imóvel
o torniquete da vontade
que afivela o céu colonizado
por nuvens incessantes.
Do cisma que se planteia
não tem recobro o respeito
como se tudo não fosse se não farsa
um fingimento sob o olhar tutelar
do senador.
Como locomotiva de alta tonelagem
o respeito que se aguarda
faltando só a imperativa genuflexão:
se ao menos os impropérios
tivessem devida voz
e os seus incapazes transbordassem da covardia
ah, então,
teriam império
as palavras reprimidas
sem vírgulas de permeio
nem sílabas a salivar na boca
tudo em sua devida forma
pois aos rostos sem mácula
(os que não se apequenam
no compasso onde se mede o inventariado)
não ficam palavras por dizer
nem meias frases a descair da boca
uma babugem pútrida,
como timorato descaimento do medo
travado ainda a tempo
de soçobrar ao silêncio
– ao silêncio
que é verbo do medo.
Que ninguém se embeba
no veneno da pesporrência
se seu desiderato for dar-se ao reconhecimento;
pois ninguém consegue sê-lo
se for seu o olvido do respeito.
Que ninguém cisme com o preceituado.
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