Não sei de vésperas
nem de azedas nêsperas
e muito menos de esperas.
Do cunho musical
confere o suor umbilical
desenhado em paredes sem cal.
O azimute não passa de ardil
estafetas que se perdem no covil
na rejeição de palavras mil.
De noite ouve-se das aves o ciciar
em fala mais alta do que navios a porfiar
com a mão na madrugada a assobiar.
Do colóquio não sobeja grande lição
que a prosápia é não invejável consumição
no latejar que não espera perdição.
Da noite acena-se a despedida
e oxalá não seja a última partida
que na página dedilhada esmorece uma vida.
Consome-se a altivez diuturna
sem mais cicatriz taciturna
que não tem préstimo a urna.
Antes o peito ensanguentado
o relógio não contratado
o artesanal menear assustado.
A dança pertence à rua
pois a iridescência provém da lua
e alma nenhuma é como a tua.
Enfim dita o sossego tardio
que não importa ser vadio
se tudo se arquiteta em palco sadio.
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