As estrelas existem
para serem implodidas.
As estrelas precisam
de sua implosão.
Nascem
com o mesmo fado dos vulcões?
Os vulcões
adormecidos uns
outros num frémito agitado
esperam a data não preanunciada
da sua explosão.
E todavia
estrelas e vulcões
não são antinomia:
em sua implosão
as estrelas constituem-se
matéria-prima de vulcões
e os vulcões eructam
milhares de constelações de estrelas
devolvendo-as ao seu mapa ancestral.
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