O que arrumas
com tanto afã?
- Uns verbos sem remissão
o luar de desdém.
O que te falam os versos
assim despromovidos?
- O risível de mim mesmo
a mordomia da meã condição.
O que te prometes jurar
em tão intensa jornada?
- O limiar escondido
talvez a soberba da humildade.
O que te faz convocar
o avesso de ti?
- A insubmissão relativa
o desarrumar dos mapas interiores.
O que te faz pensar
em tão proveitosa demanda?
- Nada, um intenso nada
perfumado pelo não convencimento
das coisas.
O que te falta fazer
para desta passagem reunires um rito de ti?
- Tudo o que se inscreve
num oráculo falhado
a grotesca desmedida onde não cabemos.
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