15.1.20

Reivindicação

Diz do dia diamante
o verso e a volúpia
dos amantes. 

Abraça o abrigo
em que são mestres
os lídimos ilustradores do amor. 

Amanhece no amaciado rosto
alisa as páginas do alimento
na incontroversa fala sem infâmia. 

Arredonda as arestas ajuramentadas
no vocábulo vindicado à vibrante pele
e arremata os miasmas com as mãos atadas. 

Apresta-te ao pecaminoso lugar
em dissidência com a diuturna sedição
e deseja o desejo na rima do devaneio. 

Opõe-te à maré macilenta
oferece ao mar uma amarílis fulgente 
e contraria as juras contrárias ao teu vagar. 

Deixa uma deixa como pressentimento
em sinuosos sinalagmas da sede
e expia o escafandro da residual melancolia. 

Descobre a medula destinada
açaima as sucessivas camadas de medo
e atira-te, intrépido, à tez do mundo.

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