Náufrago
o dia de ninguém
a matriz da miragem a soldo
linhagem sem embaraço
na gentil frase remediada.
A voz granítica
repúdio das desculpas sem gramagem
o dia impuro
ecossistema da salga sem artesão
ou a armadilha dos despudorados.
Levanta-se
o sol estremunhado
desembaraçando-se
das teias que o unem à noite
em conspiração com os confrades da boémia
na instrução obrigatória dos pequenos estroinas
os convictos sacerdotes do incenso vertido
sobre as costas do dia.
Porque ao dia impuro
soma-se
a sua proverbial incompletude,
um santuário à espera de geografia.
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