25.2.21

Caudal

Onde o rio torce o braço

e o poente se esconde

nas costas dos socalcos

o feixe de luz habita a janela

ciciando o ocaso.

Onde o rio torce o braço;

antes que os poetas acordem

e tragam para a moldura

o bojo dos almirantes da palavra

e esta,

desenhadora,

amanheça em camadas de sentido

destronando as comendas dos avoengos.

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