Não se esconjuram
os pesadelos
que desornamentam a noite
nas ogivas decadentes da catedral.
Os estrénuos artífices
conjugam as sílabas
fazem-nas rimar com a saliva dos lobos
e colhem na mão nua
o fio denso da manhã.
Não anoitecem,
as estrofes adiadas:
esperam pela fortaleza furtiva
e aquartelam os pesares,
até às notícias tardias
selarem as bocas já de si
emudecidas.
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