Rio sem nome
voraz se cumpre
na exatidão da chuva semente;
outono a destempo
ditando para as páginas sem rosto
a álgebra sem mantimento;
vozes escondidas no sótão
cuidando da pele amarrotada
no museu dos déspotas embainhados;
miragens vertidas no olhar
imensas paisagens sem mapa alegado
afogam angústias dantes sopesadas;
vertigem na planície
ajuramentada para ser moldura
antes que seja império o anoitecer.
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