8.4.22

A diástole dos perseverantes

Rio sem nome

voraz se cumpre

na exatidão da chuva semente;

 

outono a destempo

ditando para as páginas sem rosto

a álgebra sem mantimento;

 

vozes escondidas no sótão

cuidando da pele amarrotada

no museu dos déspotas embainhados;

 

miragens vertidas no olhar

imensas paisagens sem mapa alegado

afogam angústias dantes sopesadas;

 

vertigem na planície

ajuramentada para ser moldura

antes que seja império o anoitecer.

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