As sílabas portavam-se como balas rasantes
sem que a trovoada passasse da alvorada
e as divindades riam-se dos mastins.
Fosse como fosse era do úbere das memórias
que se saciavam as dúvidas embebidas na pele
e não era em amanhãs que medrava o sono.
A armadura escondida estava de atalaia
não fosse a sua presença imperativa
no reservatório das possibilidades urdidas.
Mas a noite acoitava pesadelos
e as mentiras serviam-se nas entrelinhas
contra a insistência das palavras sem fiador.
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