Dentro desta roupagem
pastoreio a aragem
no sumiço do miradouro.
O horizonte não tem fim
e colho no rosto
o frio abraçado no vento
que rasura a pele.
Longe
onde só o silêncio se autoriza
não contesto as vozes que não ouço
e de minhas palavras murmuradas
faço a fogueira que me aquece.
Depois do dia válido
é o lugar onde a terra se ausentou
mais o furtivo clamor da multidão indiferente.
Oxalá o exílio
não andasse por longe
ou a lonjura não fosse a albufeira
onde se desfazem as bandeiras gastas
para da aragem constituir
a levedura de ânimo.
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