Sólidas
as cofragens
que se enchem
na urdidura dos dedos.
As arestas
são aprumadas
que de ângulos mortos se estiolam
angústias sem lugar.
Os rostos
amontoam-se
num mapa sem nomes
sem mosto que seja mecenas
de um inventário de sombras.
As mãos
agarram as sílabas
enquanto a manhã se agiganta
no otimista oblívio dos apoderados.
Sem ser
por remédio
a maré assustada foge
e do mar alto ateia o dia que sobra.
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