Às vezes
é como se precisasse
de fazer a vindima
o corpo sentido por excesso
e antes que de excessos mais
se encolerize
refém dos meus próprios degraus
habilito o silo com as sobras de mim
para memória futura.
Outras vezes
sento-me no miradouro colateral
e dou de mim à vontade
sem pejo
os fragmentos
os visíveis e os ocultos
no aleatório desconspirar que arremete
basilar
nos socalcos do futuro.
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