Se a rasura na página
tem o dedo do contramestre
o que dizer da censura
do peso que se arqueia no ocaso sem nome
das bandeiras impostoras que se revoltam
e nos basaltos enquistados se deitam?
Não são desenfreadas, as palavras.
Não são irrefreáveis
nem se acostumam às prisões mendazes
e seus torcionários advogados.
Não é nas entrelinhas
que se abriga o sumo puro
das palavras impuras
o adubo que mente às colheitas desassisadas.
É na contracapa
em poros disfarçados de tinta dourada
como eram dantes as lombadas
um espelho de falsificações
sem se saber da nota da contrafação.
Sem comentários:
Enviar um comentário