O ocaso
senta-se ao jantar
nas suadas palmas das mãos
que se refugiam
no silêncio.
Por medo
talvez seja por medo
metendo as facas longas
no espelho estilhaçado
pelo crepúsculo.
Joga-se
a mirífica mentira
no pedestal onde se fruem ilusões
antes que a pele acorde
presa na hibernação.
Não se cuida
a decadência em prováveis regatos
nem a alucinação transforma o sangue
em altivez.
O xisto
não é a pedra tumular
arrancada à falésia matinal
e o peito carnudo procura as cicatrizes
nas estrofes surdas.
Até que o alívio
seja o campanário irrelevante
e as fragas tomem o corpo por semente
sem avisar os deuses de permeio.
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