Em luz
insinuada
entre sombras
o exorcismo
o futuro devolvido
ao lugar distante.
A matéria
diadema embaciado
dia constante nas veias
ocaso
juro sem regra
a jura contumaz.
O rio
dobrado sobre si
sol hirsuto do estio
o açúcar nas uvas
o vinho promitente
à sombra do descanso
as mãos vincadas
suadas
à espera do tempo.
O xisto
ao acaso atapetando o chão
orvalho nascente
e o rio
profundamente longe
contagiando
o perfume das uvas
o som do sangue
o troar do anoitecer
vago
o murmurar vago
e sobrante.
A luz
abraçada ao dia
dando ramos às árvores
tirando frutos às bocas
as bocas que se saciam
umas às outras
arrancam às raízes fundas
o mosto primacial
o magma centrípeto.
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