Anestesiei
o corpo.
Anestesiei
o pensamento.
Dei-lhe
três doses
(e
das reforçadas)
de
indiferença às desandas do mundo.
Prefiro
que o mundo lá fora
seja
uma exterioridade
um
corpo forasteiro.
Nesta
forma de hibernação
seguro
as pétalas dos malmequeres
na
curvatura das mãos.
Deixo-me
guiar até ao mar
respiro
a sua convulsão infinita.
Faço
minha força
a
dos hélices do avião de grande porte.
Respiro.
Respiro,
devagar.
A
noite não se demora.
Pode
ser que consiga anestesiar
o
tempo.
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