“O coração é homem e
loucura”
Molière
O homem
estende-se no mapa
da modéstia.
Não estima os ardis da loucura
os punhais que fundos se cravam
no estio da lucidez.
Convencionado está
loucura e homem antónimos são
e o binário parece não ter remédio.
Podemos ser homens
podemos ser loucos;
o que não nos será dado alcançar
é sermos homens loucos
ou loucos homens.
Sobra o coração tiranete:
esteio incalculável da mantença necessária,
ou
fogueira onde se incensa a loucura.
Afinal
o coração não é de fiar.
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