Nas outras pessoas
o ónus de serem desafio
enquanto por mim porfio
sem nada querer com loas.
Sei do amanhã um tremendo nada
resolvido num lençol de suor
amarrado à tenaz da dor
e nem assim aceito protetora fada.
Se do ontem memória houve
trato (ato contínuo) de seu arrependimento
em cuidando deste esclarecimento
para a voz que de mim se ouve.
Acerto o relógio com o presente
num infortuito sopesar da alma
no navegar do rio de água calma
sem tudo querer no que o dia consente.
Se o corpo se debate, incansável,
na arena onde as proezas não importam
retiro da alma predicados que me imputam
e deito os dados ao céu insaciável.
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