28.7.21

Árbitro

O vulto hipoteca-se na maré baixa.

Vozes em surdina condenam-no.

As hipóteses redundantes são marca de água.

As outrora sequelas hoje são reminiscências.

O poço ganhou um fundo.

Abrilhantou-se com as sombras furtivas.

Através delas as vozes falam versos fecundos.

O ocaso já não é uma angústia.

Levita no seu avesso as propriedades valiosas.

Fala, só por si.

Uma impressão digital ao acaso.

Sem vultos por perto.

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