O silêncio
não é estrutural.
A bandeira que o traduz
não é um ocaso.
O silêncio
compreende todas as palavras.
As videiras arcanas
habilitam a fala emudecida.
Nem as mãos fundidas nas serranias
devolvem a voz articulada.
O silêncio
é um momento
que se efemeriza.
E nem a cólera
que substitui a maré deitada
distribui uma fala inerente.
A voz prolixa
escuda-se no banal;
empossa o silêncio
na armadura contra o desmedido.
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