Atiro palavras ao dia
e não espero que o dia
seja recíproco.
As sílabas sobem
métricas
à boca.
Dispõem a moldura
das metamorfoses
na antítese
do mosto que se reproduz
no tempo indiferente.
Recolho as palavras
na rede
deixada ao largo dos olhos.
Empresto-lhes o silêncio
que as tutela
no jogo dos sentidos.
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