O corpo
fala como metáforas.
É uma metáfora:
fingimento do que intui ser
ator banal
bandeira desembainhada
no estuário onde se terça o ocaso.
O corpo
ensina o passado.
É o passado:
arvore vindicada na usura do tempo
carne venal
tela gasta vertida em ferrugem
no regaço que estilhaça a nostalgia.
Um corpo
enquista-se como jura.
É uma jura:
contrafação de fabrico estéril
luar que se projeta
baço
abrilhantando o corpo tatuado
que se recebe num altar outro.
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