Não repousei
no monumento onde se reinventa
a memória.
O verbete da fala
é testemunha
do pesar que se estira na tela baça
como quem reprova o dia crepuscular
em sucessivas estrofes que vêm do osso.
Antes de saber os contornos da manhã
colhi no regaço o sal verificado à janela.
Dizem
que as palavras precisam de sal
e eu não sou ninguém para duvidar.
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