A armadura
disfarça o postiço.
À mostra
só guerreiros
em plena coreografia
de valentia
centrípetas personagens
vértices da sua singularidade
heróis de si mesmos
detentores dos espelhos
por onde se aferem
– que os afetem
num quase involuntário lampejo
de imparcialidade
como atletas de alto rendimento
no cotejo com os demais.
E, contudo,
uma armadura
tão simplesmente honesta
a disfarçar tudo
o que em público não pode soar
pois às voltas com as marés tumultuosas
ninguém,
ou quase ninguém,
possui a fragilidade
que a espécie aprendeu a ser.
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